A guerra genômica dos sexos - artigo
Pelo visto, as situações são diversas em que o início de sua existência é extremamente pressionado. Já na embriogênese, ocorre a dita guerra genômica dos sexos, ou seja, o gameta masculino quer “fazer de seu jeito”, enquanto que o feminino também. Mas claro, unindo a “vontade” de ambos, acaba por desenvolver um ser coeso. Não bastasse esta leve disputa no início da vida, ainda seremos submetidos à seleção natural (hoje em dia já não é tão verdade, para humanos, devido a medicina) e comprimidos pela pressão seletiva. Mas se cada gameta quer o desenvolvimento de um jeito, como acabamos desta forma que somos? Simples, pela estampagem genômica. Inúmeros genes (em ambos os gametas) são sinalizados para entrarem em funcionamento ou não. Imagino que seja de forma antagonista, como o caso IGF2 e IGF2R, se expressa pelo genoma masculino, estará contido no genoma feminino. Este processo deve ser também responsável por não sermos uma bolota amorfa de células, com membros distribuídos de maneira desordenada. Um fato que achei curioso é o de que o ciclo celular das células do início do desenvolvimento possuem apenas as fases S e M, ou seja, apenas duplicam o material e se dividem, o que acarreta em maior probabilidade de ocorrência de mutações, uma vez que ocorre uma checagem do DNA em G2. Porém, um tipo de modificação no DNA é essencial que ocorra, a epigenética, que é uma mutação que não altera o código em si, também não altera a produção das proteínas relativas àquela sequência. A mais importante alteração é a metilação, a qual acaba por inibir a expressão do gene, valendo novamente o exemplo dos genes IGF2 e IGF2R, onde enquanto um é metilado no genoma masculino, outro é metilado no genoma feminino. E como o ambiente influencia diretamente no desenvolvimento do ser, até na epigenética, é possivelmente aceitável algo como proposto por Lamarck, mas não exatamente da maneira como ele descreveu: “Se as girafas primitivas