A guerra de independência
Raramente ouvimos falar das lutas por nossa independência. Parece que tudo ocorreu de forma pacífica, e o pior, sem a participação do povo. É verdade que, o Partido Brasileiro foi muito hábil em conduzir nossa independência, sem a participação popular nas principais decisões. É verdade que, mesmo ficando independente de Portugal, nosso governante seria o filho do rei dessa mesma nação. E é verdade também que, as lutas por nossa independência não foram tão violentas e longas como aconteceram com os nossos vizinhos latino-americanos, mas não podemos deixar de lado, a participação da população brasileira, mesmo que, essa independência não tenha significado liberdade e igualdade sociais para a maioria do povo brasileiro.
Desde a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, o clima nas forças militares era de competição. No Exército, enquanto os portugueses ocupavam os postos mais altos, os brasileiros ficavam com os mais baixos. Acusações ocorriam dos dois lados: os brasileiros acusavam os portugueses de autoritários e arrogantes e os mesmos acusavam os brasileiros de despreparados. Na Marinha a situação era pior, pois, praticamente todos os postos eram ocupados por portugueses.
Quando a Revolução do Porto aconteceu e mostrou seus reais interesses em relação ao Brasil e D. João teve que voltar a Portugal, a insubordinação explodiu, com os brasileiros não aceitando as ordens dos oficiais portugueses, e esses recusando a aceitar as ordens do príncipe-regente D. Pedro.
Após o Dia do Fico, em 19 de janeiro de 1822, iniciou-se a formação de um Exército brasileiro, mas a desconfiança na qualificação militar e na sua lealdade provocaram a contratação de mercenários para ajudar nas lutas de terra e mar. Rapidamente chegaram os oficiais estrangeiros com seus comandados. Entre eles, os ingleses Lord Cochrane, John Taylor e John Grenfell; o francês Pedro Labatut e o português Carlos Lecor. Após o 7 de setembro, as lutas pela