A guerra da independência do brasil
A proclamação de independência do Brasil não foi comemorada por todas as províncias que receberam a notícia. Depois da proclamação, o imperador Dom Pedro I teve grande trabalho para conter as várias revoltas que ocorreram contra o processo de independência. Contudo, como seria possível que em algumas regiões do país os laços coloniais fossem defendidos de tal forma?
Para solucionar tal questão, devemos nos reportar ao governo de D. João VI (1808 - 1822), marcado por uma série de medidas que concediam privilégios e direitos aos súditos brasileiros. Preocupada com tal ação, os parlamentares das Cortes portuguesas decidiram frear esse sentimento autonomista patrocinado pelo monarca lusitano. Dessa forma, os políticos lusitanos exigiram a volta do rei a Portugal e colocaram o governo das províncias sob o controle direto dos portugueses.
No momento em que declarou a independência do Brasil, os governos e tropas de algumas províncias foram levadas a expressar sua incondicional fidelidade ao governo lusitano. Na Bahia, um violento conflito se desenrolou entre 7 de setembro de 1822 e 2 de julho de 1823. Na região do Grão-Pará, a resistência contra o domínio imperial acabou deixando cerca de 1300 mortos, sendo uma parte destes mortos por asfixia no porão de navios capturados pelas forças de Dom Pedro I.
A vitória do governo brasileiro na Bahia foi de importância fundamental para que outros levantes de menor proporção também fossem sufocados. Nas províncias do Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Ceará aconteceram outras tentativas de resistência que não conseguiram de fato ameaçar a ordem instituída. Além disso, os moradores da Cisplatina, atual Uruguai, também viram na transição uma oportunidade de se livrar do julgo brasileiro.
Para obter tantas vitórias militares em território nacional, Dom Pedro I não tinha condições de organizar um exército que pudesse cumprir todos esses expedientes. Não por acaso, nosso primeiro imperador