A grande depressão e os seus impactos sociais
Após um período de prosperidade transitória dos anos 20, que ficou conhecida como a “era da prosperidade”, marcado por um grande otimismo (“os loucos anos 20”) surgiu uma terrível crise económica no ano 1929 que, tendo origem nos EUA, veio abalar todo o sistema capitalista. À exceção da Rússia, onde não vigorava o capitalismo, todos os países acabaram por sofrer os efeitos da “Grande Depressão”. Os seus efeitos sentiram-se durante mais de uma década, chegando até às vésperas da 2ª Guerra Mundial e tiveram terríveis consequências para as democracias europeias.
NAS ORIGENS DA CRISE
Em 1928, os norte-americanos acreditavam que o seu país atravessava uma fase de prosperidade infindável.
No entanto, essa era, revelar-se-ia precária.
Havia indústrias, como a extração do carvão, construção ferroviária, os têxteis tradicionais e os estaleiros navais que ainda não tinham recuperado da crise 1920-21. A intensiva mecanização também fazia com que houvesse maior desemprego, assim como a agricultura não se mostrava compensadora para os que a ela se dedicava, sendo que as produções excedentárias originavam preços baixos e queda de lucros.
Existia também uma facilitação de crédito, por parte dos bancos que, mantinham o poder de compra americano artificialmente. Grande parte dos automóveis, eletrodomésticos e imóveis tiveram sido pagos em prestações com base no crédito.
Também a crédito se adquiriam as ações que os americanos detinham nas empresas.
Acreditando na solidez da economia, na ambição da riqueza fácil e de promoção muitos investiam na bolsa, onde a especulação aumentava.
A DIMENSÃO FINANCEIRA, ECONÓMICA E SOCIAL DA CRISE
Desde 21 de outubro que as ordens de venda das ações se acumulavam na Bolsa. Os grandes acionistas estavam alarmados com a descida dos preços e dos lucros industriais que se faziam sentir.
No entanto, foi a 24 de outubro de 1929 que se instalou o pânico – Quinta-Feira Negra – As ações na