A globalização
Caracterizam-se as corporações pela ampla escala de operações, pela diversificação de suas atividades, pela segmentação de suas unidades Componentes e pelas múltiplas localizações de unidades produtivas direta ou indiretamente controladas.
O poder político e econômico de que as corporações dispõem garante-lhes importante papel como agentes da gestão do território a partir de práticas espaciais por elas engendradas (CORRÊA, 1992).
A globalização causa impacto, ainda que desigualmente, sobre as formas, funções e agentes sociais, alterando-os em maior ou menor grau e, no limite, substituindo-os totalmente. Os investimentos, pensados e programados segundo uma perspectiva global, criaram e reestruturaram inúmeras e complexas redes geográficas. Trata-se de uma rede urbana que sofreu o impacto da globalização, na qual cada centro, por minúsculo que seja, participa, ainda que não exclusivamente, de um ou mais circuitos espaciais de produção, produzindo, distribuindo ou apenas consumindo bens, serviços e informações que, crescentemente, circulam por intermédio da efetiva ação de corporações globais como, entre outras tantas, a Coca-Cola, IBM, Nestlé, Phillips Morris, Unilever, Exxon, General Motors, Adidas, FIAT e Toyota. E também por intermédio da rede bancária articulada globalmente.
A rede urbana é afetada pela globalização tanto por intermédio de criações urbanas recentes, em relação às quais o Brasil constitui-se em excelente laboratório para estudos, como da refuncionalização dos centros preexistentes, imposta ou induzida pelas corporações globais.
As pequenas cidades, são numerosas e, geram expressiva densidade de centros que se situam a uma pequena distância média entre si, ainda que esta possa variar de acordo com a