A gestão de pessoas e a criatividade
Em geral, supomos que a liderança, especialmente a carismática, tem papel central no estímulo da criatividade e da inovação, mas quase não há exemplos reais para sustentar essa crença, como explica Teresa M. Amabile, professora de administração de empresas da Harvard Business School. Ela e seus colegas Elizabeth Schatzel, Giovanni Moneta e Steven Kramer estudaram as anotações diárias de funcionários de empresas privadas de 26 equipes comandadas por gerentes de nível médio. Os pesquisadores ficaram surpresos com as maneiras pelas quais as interações quotidianas de um gerente com seus subordinados podem estimular ou minar a criatividade.
Quão decisivo é, para o comportamento dos funcionários, os líderes gerarem idéias e propostas criativas? A maioria dos líderes de sucesso que nós estudamos não geravam, com suas condutas, idéias criativas nas pessoas que comandavam. Eles não apresentavam uma idéia que pudesse iluminar a criatividade da equipe. Em vez disso, havia um processo no qual os comportamentos aparentemente triviais e cotidianos deles tinham uma influência indireta considerável. Percebemos que muito do que esses líderes diziam e faziam levava os membros da equipe a sentir-se mais ou menos estimulados por eles. Notamos que esse estímulo parecia influenciar bastante o trabalho criativo. Concluímos que altos níveis de apoio do líder são importantes para a criatividade, porque influenciam o senso de domínio e competência no trabalho, o que leva a um envolvimento mais profundo e motivado. Então é o foco do líder na administração de tarefas o que realmente importa? São os comportamentos orientados para as tarefas, focados na finalização do trabalho: esclarecer papéis e responsabilidades, planejar e organizar projetos, e