A fusão do espírito de maio de 1968 com o espírito do capitalismo
O capitalismo tem necessidade de justificação pela mesma razão que é criticado. Onde não há criticismo, não há necessidade de justificação. Assim foi desenvolvido duas formas de critica desde o seculo 19. A primeira chamamos de "criticismo social". Ênfase nas desigualdades, miséria, exploração e egoismo num mundo que estimula indivualismo inves de solidariedade. É o principal vector do movimento laboral.
A segunda chamamos de "criticismo artistico". Esta forma emergiu em pequenos circulos artisticos e intelectuais. Critica a dominação do mercado, a opressão, a massificação da sociedade, estandardização e comodidade persuasiva. Ideal de liberação e individualidade autonoma, singularidade e autentacidade.
Maio de 68 foi um ano muito importante para a mudança do capitalismo. Maio de 68 representa efetivamente a generalização da grande recusa por parte dos estudantes e dos trabalhadores ao modelo social do capitalismo tecnocrático que o mundo via organizar-se na transição da sociedade fordista ao modelo societário da acumulação flexível da sociedade (pós-fordista). Das barricadas da comuna estudantil acendeu-se uma fonte de protestos generalizados que levou em menos de três semanas a uma greve geral por todo o país em que teve aderência de mais de dez milhões de trabalhadores paralisando praticamente todos os setores produtivos da sociedade. Nunca uma potência capitalista estivera sob ameaça tão grave de destruição de suas instituições políticas. Estudantes e trabalhadores em voz uníssona recusaram-se durante mais de um mês a qualquer diálogo com as representações políticas tradicionais nas negociações entre capital e trabalho no capitalismo. Estudantes e trabalhadores generalizaram aquilo que Karl Marx definia como o “poder social”, com a grande recusa do movimento social as instituições capitalistas desabavam a olhos vistos na