Explanação e compreensão dos aspectos semânticos e estéticos que se apresentam nas composições literárias, influenciadas por seus contextos históricos
Contexto Histórico
Grandes transformações políticas marcam a história brasileira na primeira metade do século XIX. Num período de menos de cinquenta anos vimos a vinda da família real para o Rio de Janeiro (1808), a elevação do Brasil à categoria de reino (1816), a independência (1822), um primeiro reinado (D. Pedro I, 1822–1831), um período de regência (durante a menoridade de D. Pedro II, 1831-1840) e o início de um longo segundo reinado que se estenderia até 1889. Para o estudo do romantismo brasileiro é essencial que se percebamos o espírito que dominava esse primeiro período na nova nação: a insatisfação com o alcance das reformas introduzidas por D. João VI; o orgulho nacional despertado pela independência; os projetos de construção do novo país; a luta pela manutenção da unidade nacional; os conflitos entre liberais e conservadores na busca do modelo político; o conjunto, enfim, de embates e sentimentos da luta nacional pela consolidação da autonomia.
Na segunda metade do século, já consolidada a independência e a unidade nacional, o país conheceu um surto de desenvolvimento com a ampliação do comércio exterior e da imigração europeia; aumento da exportação do café e o início da industrialização. Tudo isso não sem sérias crises de toda ordem: as econômicas, as de política interna, bem como as crises internacionais (Guerra contra as rosas – 1850-52; questão com o Uruguai – 1863-64; Guerra do Paraguai – 1865-70). Duas grandes campanhas envolveram os autores da última fase do Romantismo: a campanha republicana (o Partido Republicano foi fundado em 1870) e a campanha abolicionista.
Características Formais
Libertação estilística;
Versificação mais variada e polularizante;
Justaposição do sublime e do grotesco num estilo que bane as perífrases e que não vê a fronteira entre o poético e o prosaico na