A fronteira do norte do Mexico
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A fronteira no norte do México Há muito tinham reconhecido a diferença entre eles próprios e os habitantes menos sedentários dos planaltos e montanhas áridos ao norte, que chamavam de Chichimecas, ou Bárbaros. O território “chichimeca” começava, surpreendentemente, perto dos sedentários. O rio Lerma, que nasce a poucos quilômetros da cidade do México, costumava ser considerado como barco do limite entre as duas tradições culturais, e mesmo a grande bacia do Bajío, que hoje tanto parece fazer parte do centro do México, pertencia principalmente aos Chichimecas. No período da conquista, o curso normal de expansão logo levou os espanhóis até guadalaja, mas surgiu uma pista do futuro entre alguns povos de transição logo ao norte, principalmente os caxcanos, que tinham agricultura e caciques, mas também muitas das características dos não-sedentários. A brutal justaposição de povos caçadores e guerreiros com o ramo mais técnico da economia internacional fez da evolução do norte um processo muito complexo. As técnicas militares espanholas que subjulgaram com tanta rapidez o México e o Peru não eram nada adequadas para combater os povos no norte. A parte mais essencial da reação militar espanhola aos Chichimecas foi a criação de uma soldadesca paga e permanente abrigada em instalações fixas. Em meados do século XVIII, metade das forças dos presídios era composta de castas, ou índios hispanizados. Os homens recebiam do governo do vice-reino o soldo, insuficiente para garantir sua sobrevivência. Originadas nas congregações anteriores, nada diferentes, em seus procedimentos gerais, das missões que mencionamos em outras partes do Ibero-América, as do norte, no entanto, eram novas na cena mexicana; em contraste direto com os mosteiros do centro do México, constituídos sob medida para vilas já existentes, tiveram de reorganizar as estruturas e costumes dos índios de forma ainda mais drásticas do que as missões do Paraguai ou da costa brasileira. Na