a formação do pedagogo pra o ambiente hospitalar
Tendo como base o trabalho desenvolvido na classe hospitlar-brinquedoteca do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, durante o período de novembro de 2006 à agosto de 2009, podemos dizer em princípio que a atuação do pedagogo no ambiente hospitalar traz em si a necessidade de adequação da formação deste profissional para atender essa demanda, pois representa um momento à parte do desenvolvimento escolar formal do aluno enfermo. A hospitalização escolarizada se constitui num espaço temporal diferenciado, em que as condições de aprendizagem fogem à rotina escolar e o aluno é uma criança ou um adolescente hospitalizados. Portanto, a construção da prática pedagógica para atuação neste ambiente não pode esbarrar nas fronteiras do tradicional. As dificuldades persistem porque não se conseguem ver nelas a oportunidade de uma atuação diferenciada, pois os valores e as percepções de condutas e ações estão ainda muito enraizados nas formações clássicas. O pedagogo neste ambiente deve ter clara a noção da perda, dos conflitos sociais, as questões socioeconômicas e culturais de seu universo e, acima de tudo, precisa manter o equilíbrio psicológico frente às diversas circunstâncias dos tratamentos. Em vista disso Paula destaca que:
Convencionalmente em nossa sociedade, o lugar do professor esteve voltado para a escola formal. Em tempos modernos, esses lugares estão sendo cada vez mais polarizados. Não existem mais fronteiras para a ação do professor. O hospital, conhecido convencionalmente como lugar das seringas, injeções e do sofrimento, passa a ser também espaço do lápis, do caderno, das tintas, dos jogos, do colorido, da alegria e da produção infanto-juvenil (PAULA, 2003, p. 18).
É necessário que seja consolidada uma política de formação continuada em serviço que promova a construção de conhecimentos, valores e práticas que contribuam para a formação plena