A formação de professor e outros escritos
Azanha, José Mário Pires. A formação do professor e outros escritos. - São Paulo; Editora Senac São Paulo, 2006
O autor do texto inicia seu discurso, após agradecimentos, tratando da autonomia (ou não autonomia) que é dado hoje as escolas. Lembrando de documentos antigos como o Manifesto da Escola Nova, o Código da Educação do Estado de São Paulo e outros não tão antigos, como as Leis de Diretrizes e Bases da Educação, nas notas preliminares ele faz uma análise textual de como o termo “autonomia” era colocado. Em geral, a palavra autonomia que em alguns documentos era colocado como regimento próprio, pouco se referiam a ela. Na prática, o que se tem acontecido é que a autonomia da escola tem sido usada para referir-se apenas a uma autonomia “interna”, ou a autonomia das decisões sobre o regimento interno da escola. Mas ele destaca que a autonomia da escola se difere disso.
A questão da autonomia recebe seu valor na nova LDB (9.394/96), onde ela é legalmente colocada no texto aliado ao Projeto Pedagógico. O autor destaca que o fato de a autonomia da escola ter merecido real atenção, pode ser que ela seja usado de maneira discriminatória, usando a democracia como pano de fundo e deixando a ética de lado, mostrando assim um aspecto negativo da autonomia.
Azanha, como já tendo dito no inicio do seu discurso, considera-se um homem de escola pública, logo seu enfoque é para a escola pública. Diferente do que acontece nas escolas privadas, a escola pública está sob a interferência de órgãos externos. Isso não seria um problema se ela não fosse integrada a vários outros e recebessem um mesmo tratamento. Por isso, preza-se pela autonomia da escola em ter seu próprio projeto pedagógico, elaborado de acordo com a realidade de determinada escola pública. Um dos problemas em se elaborar e executar um Projeto Pedagógico da escola é atribuído a formação do professor nos cursos de licenciatura que, segundo Azanha, é preparado