A Formação da serra geral
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A Formação Serra Geral apresenta-se em derrames sucessivos, onde os sistemas principais de fraturamento estão relacionados a esforços tectônicos, gerando fraturas subverticais associadas as disjunções sub-horizontais (entablamentos), originadas pelos processos de resfriamento. Nos derrames e intertraps arenosos observa-se que o sistema permoporoso constitui-se da porosidade: por fraturamento, vesicular, por dissolução e micro porosidade. A permeabilidade do sistema está associada com as fraturas (tectônicas e de resfriamento) e micro fraturas. As fraturas que constituem o chamado entablamento resultam do processo de resfriamento extremamente rápido da lava basáltica associado ao fluxo. São fraturas naturais e devido às suas condições de forma- ção, não são contínuas, ou seja, são de dimensões reduzidas quando comparadas ao derrame como um todo. São geralmente horizontalizadas e descontínuas, limitando-se ao derrame onde foram formadas. Considera- -se que possam ser responsáveis por porosidade nos derrames, porém esta seria muito localizada e somente efetiva quando seccionada por outras fraturas. As fraturas tectônicas, posteriores ao evento magmático, propiciam a formação do sistema permoporoso mais importante pois, em sua maioria, interconectam- -se, prolongando-se por todo o derrame e também cortam vários derrames superpostos. As estruturas tectônicas nordeste são as mais comuns nas áreas de estudo, tendo de forma geral boa distribuição espacial, com estruturas ora com expressão regional ora com pacotes com grande densidade destas. Devido ao fato de as rochas da Formação Serra Geral possuir constituição diferente, seu comportamento frente aos agentes intempéricos é diferenciado. Com isso, as características dos solos também são diferenciadas. Em geral, as rochas da porção centro-norte da Bacia do Paraná evoluem para solos mais profundos, argilosos, com elevado teor de ferro e macro nutrientes, permitindo o desenvolvimento de coberturas vegetais mais densas.