Acetanilida
REFERÊNCIA: http://revistas.igme.es/index.php/bgm/article/viewFile/452/450
Importantes cidades paulistas, como Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Jaú e Bauru, usam o Sistema Aquífero Guarani (SAG) como fonte de água, e estão localizadas em uma faixa onde os basaltos da Forma-ção Serra Geral possuem espessura média de, aproximadamente, 100 m. O entendimento do fluxo vertical através desta camada interfere tanto na disponibilidade hídrica, quanto na vulnerabilidade à poluição do SAG.
Assim, o estudo da recarga do SAG através dos basaltos é de suma importância para o planejamento da exploração deste aquífero, pois, apesar dos seus arenitos apresentarem condutividade hidráulica (K) elevada e permitirem caudais de exploração elevados, as baixas taxas de recarga, em sua área de afloramento, e o possível confinamento exercido pelos basaltos, mesmo em áreas muito próximas ao afloramento do contato entre basaltos e arenitos, apontam para a não sustentabilidade de explorações intensas das suas águas.
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CONTEXTO GEOLÓGICO: A FORMAÇÃO SERRA GERAL
No Estado de São Paulo, os basaltos da Formação Serra Geral (Eocretáceo) superpõem-se à Formação Botucatu (Jurássico-Cretáceo). São sobrepostos pelos grupos Bauru e Caiuá (Neocretáceo), conforme descritos em Fernandes e Coimbra (2000) e, nas regiões onde este grupo não ocorre, por sedimentos cenozoicos.
A Formação Botucatu consiste de arenitos quartzosos finos a grossos, bem selecionados e arredondados, com estratificações cruzadas de grande porte, indicando deposição em ambiente eólico desértico (Almeida, 1954). Localmente intercalam-se sedimentos mais finos de ambiente lacustre.
A oeste do rio Mogi-Guaçu, próximo à área de estudo, a Formação Serra Geral é superposta pela Formação Vale do Rio do Peixe, pertencente ao Grupo Bauru e composta por arenitos finos a muito finos intercalados com siltitos ou lamitos