A formação da personagem

719 palavras 3 páginas
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. (p.21-33) Quando contemplo no todo um homem situado fora e diante de mim, nossos horizontes concretos efetivamente vivenciáveis não coincidem. Porque em qualquer situação ou proximidade que esse outro que contemplo possa estar em relação a mim, sempre verei e saberei algo que ele, da sua posição fora e diante de mim, não pode ver [...] (p.21).

[...] o que vejo predominantemente no outro em mim mesmo só o outro vê. (p.22)
O excedente de minha visão em relação ao outro indivíduo condiciona certa esfera do meu ativismo exclusivo, isto é, um conjunto daquelas ações internas e externas que só eu posso praticar em relação ao outro. (p.22)
[...] eu e o outro nos encontramos em um dado momento. (p.23)
Devo identificar-me com o outro e ver o mundo através de seu sistema de valores, tal como ele o vê; devo colocar-me em seu lugar, e depois, de volta ao meu lugar, completar seu horizonte com tudo o que se descobre do lugar que ocupo, fora dele; devo emoldurá-lo, criar-lhe um ambiente que o acabe, mediante o excedente de minha visão, de meu saber, de meu desejo e de meu sentimento.
Eu devo entrar em empatia com esse indivíduo, colocar-me no lugar dele e, depois de ter retornado ao meu lugar, completar o horizonte dele com o excedente que desse meu lugar se descortina fora dele [...] (p.23)

O primeiro momento da minha atividade estética consiste em identificar-me com o outro: devo experimentar — ver e conhecer — o que ele está experimentando, devo colocar-me em seu lugar, coincidir com ele [...] (p. 25).

Minha imagem externa não integra o horizonte real concreto de minha visão. (p.26)

Todos os elementos expressivos do meu corpo, sem exceção, é vivenciada de dentro de mim, é apenas sob a forma de extratos, de fragmentos dispersos, que se agitam nas cordas da auto-sensação interna. (p.26)

Não faço a mínima ideia da minha imagem externa, ao passo que as imagens das outras

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