A formação da personagem
[...] o que vejo predominantemente no outro em mim mesmo só o outro vê. (p.22)
O excedente de minha visão em relação ao outro indivíduo condiciona certa esfera do meu ativismo exclusivo, isto é, um conjunto daquelas ações internas e externas que só eu posso praticar em relação ao outro. (p.22)
[...] eu e o outro nos encontramos em um dado momento. (p.23)
Devo identificar-me com o outro e ver o mundo através de seu sistema de valores, tal como ele o vê; devo colocar-me em seu lugar, e depois, de volta ao meu lugar, completar seu horizonte com tudo o que se descobre do lugar que ocupo, fora dele; devo emoldurá-lo, criar-lhe um ambiente que o acabe, mediante o excedente de minha visão, de meu saber, de meu desejo e de meu sentimento.
Eu devo entrar em empatia com esse indivíduo, colocar-me no lugar dele e, depois de ter retornado ao meu lugar, completar o horizonte dele com o excedente que desse meu lugar se descortina fora dele [...] (p.23)
O primeiro momento da minha atividade estética consiste em identificar-me com o outro: devo experimentar — ver e conhecer — o que ele está experimentando, devo colocar-me em seu lugar, coincidir com ele [...] (p. 25).
Minha imagem externa não integra o horizonte real concreto de minha visão. (p.26)
Todos os elementos expressivos do meu corpo, sem exceção, é vivenciada de dentro de mim, é apenas sob a forma de extratos, de fragmentos dispersos, que se agitam nas cordas da auto-sensação interna. (p.26)
Não faço a mínima ideia da minha imagem externa, ao passo que as imagens das outras