A filosofa e o mit
Segundo o dicionário da língua portuguesa Aurélio, 6ª edição, a palavra mito significa “relatos sobre seres e acontecimentos imaginários, acerca dos primeiros tempos ou de épocas heróicas. Narrativa de significação simbólica transmitida de geração em geração, dentro de determinado grupo, e considerada verdadeira por ele. A idéia falsa que distorce a realidade ou não corresponde a ela. Etc.” (Aurélio 2004).
A palavra filosofia por sua vez significa “estudo que visa a ampliar incessantemente a compreensão da realidade no sentido de aprendê-la na sua inteireza. Pensamento de filosofo(s), ou obra que o contém. Razão. Sabedoria” (Ernesto).
Ricardo Ernesto Rose diz em seu texto que “o mito tem várias definições, que variam segundo o autor” (Ernesto). Que é “um relato que oferece uma explicação definitiva; o mito não precisa de justificativa. Ao contrário, é o mito que justifica uma sociedade, uma cultura, um costume” (Ernesto). Ou seja, que “o mito não é para ser criticado ou discutido” (Ernesto).
Já a filosofia essa “é uma narrativa que não oferece uma explicação definitiva, já que a discussão é própria da filosofia” (Ernesto). Ou seja, “que a filosofia sempre precisa se justificar. O próprio ato de filosofar já implica a apresentação de uma justificativa daquilo que vai ser dito. Por ser um processo baseado na experiência e/ou no raciocínio lógico, a filosofia sempre está sujeita a criticas” (Ernesto).
O conceito de "filosofia" sofreu, no transcorrer da história, várias alterações e restrições em sua abrangência. As concepções do que seja a filosofia e quais são os seus objetos de estudo também se alteram conforme a escola ou movimento filosófico. Essa variedade presente na história da filosofia e nas escolas e correntes filosóficas torna praticamente impossível elaborar uma definição universalmente válida de filosofia. Definir a filosofia é realizar uma tarefa metafilosófica. Em outras palavras, é fazer uma filosofia da filosofia. O