Economia

Introdução
A constatação empírica da relevância do capital intelectual e dos ativos intangíveis para a performance das organizações pode ser observada em estudos que remontam ao século
XVII (STEWART, 1998).
Ainda que, nos últimos 200 anos, trabalho e capital tenham sido considerados os principais fatores de produção a determinar a riqueza das corporações, permitindo que o nível de atividade econômica pudesse ser medido através da observação do nível de utilização de matérias-primas e energia, as economias desenvolvidas passaram, no último século, por uma grande transformação e estão atualmente calcadas em ativos omitidos dos demonstrativos contábeis já que extraem seu valor de atividades ligadas ao processamento de informações, ao desenvolvimento e à transferência e aplicação de conhecimento (TEECE, 1998; CHEN, 2005;
FIRER e WILLIANS, 2003).
Em síntese, verificamos diversas evidências de que: a) a indústria está se
“desmaterializando“ com o aumento do componente intelectual e a redução do físico; b) os 2 ativos físicos e financeiros apresentam cada vez mais características de “commodities” e não conseguem mais proporcionar uma posição competitiva favorável e sustentável para as empresa e; c) é crescente o afastamento entre os fluxos de informação e os fluxos de produtos e serviços. Esse afastamento passou a permitir que, em diversos casos, a informação possua
“valor próprio”, dissociado das noções normais da economia tradicional de produtos e serviços. (TEECE, 1998; STEWART, 1998 e LEV, 2001).
Esse contexto pode ser ilustrado por organizações como a VISA International que, no ano de 2004, intermediou mais de US$ 3,3 trilhões em transações dos seus clientes possuindo menos de US$ 200 milhões de ativos fixos.
Observamos atualmente empresas investindo mais de 41% de suas receitas com pesquisa e desenvolvimento (P&D), enquanto outras destinam mais de 20% das receitas para propaganda e marketing.
Em setores como