A fenomenologia e a prática educativa
Jucimara Rojas
Regina Baruki-Fonseca
A relação com o outro nos forma e deforma. No aspecto relacional encontra-se a chave para o desenvolvimento saudável ou patológico do humano. O modo de existir , nossa relação com o mundo gera significante para construir ou destruir nossa existência. No artigo em questão as autoras abordam as práticas educativas com ênfase na linguagem, cognição e cultura, avistando com isso uma leitura da arte no desenho infantil na perspectiva do trabalho pedagógico. As autoras embasadas na abordagem fenomenológica pretendem evocar novos significados do olhar, do fazer sob o foco do Ser em sua percepção. A fenomenologia propõe um movimento do ir e vir que é necessário para restabelecer a iluminação do fazer pedagógico. Como ser-no-mundo , cada experiência é significativa porém se atém invariavelmente, ao sentido do discurso, no caso, do desenho infantil,muitas vezes fazendo ver o não-dito, não visto da própria criança em seu enigma existencial.
Com intuição investigatória que busca compreender os mistérios da história dos entes, o professor/educador então, desvenda a existência ímpar de outro, da criança. Desvelando-se no momento em que esta também se desvela, recusando-se a um sistema de certezas e verdades retratadas de forma a perverter o olhar. Desejando o criativo ato de descrever o fenômeno e compreende-lo, no advento do encontro. Um encontro com as possibilidades lançadas, é indispensável para educadores que se pautam na interdisciplinaridade. Nesse sentido, é fundamental chegar-se a intuição das essências enquanto fenômeno valorativo.
A revelia de sua existência e idealizado por normas e padrões de comportamento preestabelecidas, muitos profissionais rotulam o ser humano. No âmbito escolar isso também se coloca muitas vezes como preceito inalienável da verdade. Alheio a seu próprio mundo e desprovido de seu