A FAMÍLIA NOS DOIS PRIMEIROS SÉCULOS DE COLONIZAÇÃO.
O primeiro tópico do capítulo é riquíssimo em informações relacionadas ao distanciamento dos colonos que chegavam ao Brasil de mulheres brancas. Isso fez com surgisse relacionamentos, antes inesperados, entre colonos brancos e índias.
No início da colonização têm-se notícias de poucos homens que chegaram em terras brasileiras ao lado de suas mulheres e filhos. João Gonçalves, provavelmente, tenha sido o primeiro a vir acompanhado de sua senhora com a intenção de povoar.
Manoel da Nóbrega, em 1549, comenta sobre as queixas dos colonos por falta de mulheres (brancas). Ele procura soluções, e apresenta as seguintes: trazer mulheres que não conseguiam casamento no Reino e órfãs. Todas elas certamente encontrariam um belo matrimônio, segundo ele. Comenta-se também que, a presença das mulheres prenderiam os seus maridos no seu local de trabalho fazendo com que os mesmos desempenhassem melhor suas tarefas. Conclusão brilhante.
Diante de tudo isso é claro que uma das intenções dos colonizadores era “repovoar”, sim, pois no Brasil já existia muita gente, a colônia com gente de pele branca. Isso nos mostra a grande falta de respeito e escrúpulos dos portugueses que aqui invadiram.
A vinda de mulheres brancas não foi suficiente para a demanda, fazendo com que surgisse o relacionamento do branco com as índias, resultando no nascimento do mameluco. É interessante que frisemos que este filho não era reconhecido como legítimo. O pai se preocupava com sua educação e profissionalização, porém, não com sua herança. Aqui presenciamos um relacionamento social