A falta de leituras entre os jovens
Uma pesquisa anterior do IBGE relatava que o brasileiro lê em média 1,2 livro por ano, número muito abaixo do registrado em países como a França e a Alemanha e até da Argentina. Apenas um terço da população alfabetizada do país pode ser classificada como grupo de leitores efetivos, isto é, que lêem um livro pelo menos a cada três meses. O reflexo disto está na dificuldade que o brasileiro tem em escrever, ler e interpretar textos, ou seja, em comunicar-se através da palavra escrita. Uma avaliação mundial sobre o desempenho escolar, coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), colocou o Brasil em último lugar entre 32 países pesquisados. Na pesquisa, a média de pontos obtida pelo Brasil foi de 396, numa escala de zero a 625. Para se ter uma idéia, o México, que ficou em penúltimo lugar, teve 422 pontos, e Luxemburgo, em antepenúltimo, 441. O primeiro lugar ficou com a Finlândia, com 546 pontos, seguida pelo Canadá, com 534. Os dados levantados relacionados à leitura mostram uma grande deficiência do estudante brasileiro na interpretação de textos. Ou seja, o aluno brasileiro sabe ler, mas não entende direito o que está lendo. Ele não é capaz de inferir, analisar e dar ao texto a sua própria visão de mundo. Um dos pontos que ficam claros na pesquisa é a influência do nível socioeconômico no aprendizado. Quando analisados em separado, os estudantes de maior nível de renda têm desempenhos mais próximos de países melhor situados na pesquisa, o que mostra a deficiência da escola pública brasileira. É um desafio para a educação brasileira, principalmente na área pública, reverter essa situação e melhorar os índices de leitura no país. Para conseguir os níveis de desenvolvimento que