A face da critica realista na obra “A relíquia” de Eça de Queiroz
A face da critica realista na obra “A relíquia” de Eça de Queiroz
Resumo:
Este artigo pretende refletir sobre alguns aspectos da produção de Eça de Queirós e analisá-los sob a ótica e a estética realista afim de que se tenha um panorama geral do estilo literário que marcou época, e que ainda hoje na contemporaneidade influencia a obra de muitos autores.
Palavras-chave: Eça de Queiroz; A relíquia; realismo.
O realismo é uma corrente artística atemporal, ou seja, de todas as épocas como afirma Figueiredo, ou seja, ele, o realismo como forma de observação e análise da situação e atividade produtiva humana, esteve sempre presente no nosso cotidiano e inspira artistas e intelectuais de modo geral através dos tempos.
É de todos os tempos o realismo como o é a arte. Ele existiu sempre, porque a imaginação tem necessariamente por bases a observação e a experiência, e porque a arte tem sempre por objeto as realidades da vida (FIGUEIREDO, 1946, pg 13).
A expressão artística e literária que conhecemos como realismo difundiu-se, ou dizendo de forma mais categórica, surgiu no século XIX em oposição à corrente literária anterior a ela, ao movimento artístico literário que vigorou no século XVIII conhecido como Romantismo. Enquanto o Romantismo propunha a ênfase e o predomínio da emoção, o subjetivismo, o escapismo (a arte como forma de fugir da realidade), a idealização das personagens e o nacionalismo, em posição totalmente adversa a esses ideais e conceitos, surge, com base nos ideais do cientificismo, do positivismo e do darwinismo, o Realismo com a sua estética inovadora com tais características: a ênfase e o predomínio da realidade e da razão, o objetivismo, o engajamento (a literatura como forma de transformar a realidade), o retrato fiel das personagens e o universalismo, propondo desta forma uma nova visão sobre a vida humana e especialmente sobre a sua mais intima e elevada expressão existencial, a arte.
* Graduando em Letras pelo CES –