A expansão de luis xiv
KENNEDY, Paul - “Ascensão e Queda das Grandes Nações” - cap. 3
EXPANSÃO FRANCESA DE LUÍS XIV
Depois do estabelescimento da Paz de Vestfália em meados de 1660, pode-se observar que agora os Estados visavam interesses nacionais ao se relacionarem uns com os outros, e não mais enfatizam suas diferenças religiosas. Com isso, um sistema multipolar de alianças instáveis se forma, evidenciando a esfera política e econômica de cada Estado. Dessa forma, a balança de poder até então regulada com força militar e religião, passa a se mover a cada novo interesse imposto e nova associação entre esses países, formando pólos ao redor dos que se destacam, como por exemplo, Inglaterra e França, e impedindo que houvesse longos períodos de paz, uma vez que as potências ascendentes estariam sempre tentando colocar seu poder em foco.
Ao assumir o poder, em 1661, Luís XIV encontra uma Europa que favorece a imposição de um rei absolutista. Dinamarca e Suécia, ao norte, Polônia e Alemanha, a leste e Espanha, a oeste se ocupando com conflitos ao seu entorno, enquanto a Inglaterra tenta se estabelescer como monarquia. Enquanto as relações exteriores francesas mantinham acesos esses conflitos, a economia era fomentada pelas políticas mercantis do Ministro Colbert e a França pôde investir em suas forças armadas para enfim tentar sua expansão.
Após iniciá-la com êxito nos Países Baixos ao sul da Espanha, houve um clima de tensão no âmbito internacional que levou a atenção européia, antes voltada às suas próprias preocupações, para tentar frear o poderio francês. Nos anos que se passaram alguns acordos foram assinados a fim de limitar o poder de Luis XIV, entretanto sua ambição ao poder só os fez de pausas entre guerras para se fortalecer e dissimular contra os outros países. Nos raros períodos de paz, a França chegou a manter um exército de 200 mil soldados, o que preocupava a sociedade internacional, levando o dilema de segurança a um extremo perigoso, que logo levou à guerra