A Exclusão: Uma consequência inata da globalização

ANDRADE, Adilene dos Reis, acadêmica do 5º período de Licenciatura em História, da UFS.
Identificação da Obra
SANTOS, Tânia Steren dos. Globalização e Exclusão: a dialética da mundialização do capital. Sociologias, Porto Alegre, ano 3, nº 6, julho/dezembro 2001, p. 170-198.
A Exclusão: uma Consequência Inata da Globalização.
Há muito vem se falando nesse novo século sobre globalização, bem como sobre seus principais aspectos negativos e positivos, dentre os quais, discorreremos aqui sobre o seu principal aspecto negativo: a exclusão, ela pode se desenvolver de várias formas: social, política, cultural. Mas o objeto principal aqui a ser abordado é entender como a globalização, esse fenômeno avassalador, tem deixado tantos excluídos ao longo desse processo, bem como perceber essa dualidade entre integrados e excluídos que fazem parte desse mesmo processo em pólos tão antagônicos. E fazer-nos perceber que ela é a principal consequência da internacionalização do capital, fator econômico, que tem a sua gênese em dois fatores iniciados no século XV, são eles: A formação do Estado Nacional, e a Expansão marítimo-comercial européia. E também abranger o papel do estado-nação, nessa nova ordem global.
Remetermo-nos a Idade Moderna, início da colonização da América, para explicar toda acumulação primitiva de capital que deu origem ao capitalismo, mais precisamente fazer um breve comentário sobre a principal potência da época: Portugal, esta possuía várias colônias dentre elas o Brasil, e mantinham com elas o Pacto Colonial, este obrigava a colônia a manter relações comerciais exclusivamente com a metrópole, assim obtinham lucros monstruosos em relação aos produtos (Pau-brasil, Cana-de-açúcar, algodão, Ouro, café, etc.) exportados pela colônia. Portugal baixava o valor dos produtos a serem importados, em contrapartida aumentavam o valor dos produtos a serem exportados, criando assim, uma balança comercial desfavorável para a colônia. Mas Portugal contraiu várias dívidas