a evolução linguística e a biologia

Texto escolhido: A evolução não é neutra.
A evolução linguística e a biologia
A língua é dinâmica, e por isso passível de mudanças. Ela evolui de acordo com as inovações de seus usuários ao longo dos tempos, a comparação entre linguística e biologia fazendo menção a evolução das espécies é uma boa forma para se entender as mudanças pela quais a língua passou e passa. Segundo Possenti (1996) “não há língua que permaneça uniforme”. Todas as línguas mudam. Essa é uma das poucas verdades da qual não pode haver dúvidas. Dessa forma as mudanças contribuem pra a evolução da mesma, seja ela benéfica ou não para a nova civilização.
Essas mudanças na língua assim como na biologia, acontecem de forma gradual as espécies vão se modificando de acordo ao meio em que vivem, e a língua adaptando-se ao novos usuários e suas modificações cada vez mais surpreendentes na linguagem. A língua sofre mutações e variações não só de acordo com a região ou país, mais também de acordo com as comunidades falantes que se apossam de gírias e formas de linguagem que, na maioria das vezes é tida como “errada”. A língua serve para comunicação, expressão de ideias e sentimentos e por isso sempre irá mudar para que se torne útil e atenda as exigências do ponto de vista de seus falantes. Como lembra Fernando Pessoa (1999) “a linguagem faz-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela”.
Dessa forma, certas palavras entrarão em desuso e dificilmente chegará para as futuras gerações, de acordo com o texto (A evolução não é neutra, de Aldo Bizzocchi) tal forma de linguagem poderia levar a sociedade ao progresso ou a ruína, o que é uma evolução cega, ou seja, não é boa nem ruim. As mudanças da língua fazem parte de um longo processo evolutivo onde seu usuário, o falante é o maior contribuinte trazendo para o cotidiano variações cada vez mais diferentes que a comunidade acaba por englobar a seu vocabulário, fazendo as mudanças na língua cada vez mais frequentes.
Contudo pode-se dizer