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Mercado de Trabalho: o capital humano e a teoria da segmentação
A teoria econômica, particularmente a microeconomia, tradicionalmente viu a determinação de salários da mesma maneira que a determinação o preço de qualquer outro bem, isto é, o salario é determinado pela interação da oferta e da demanda de trabalho. Porém essas determinações não são tão simples, pois existe o problema da heterogeneidade da mão-de-obra, que também é deixado de lado pelos modelos macroeconômicos dos economistas que clássicos, que consideram a determinação dos salários como resultado da interação de uma curva de demanda agregada e de uma curva de oferta agregada de mão-de-obra.
A teoria do capital humano surgiu para explicar melhor os diferenciais de salários. Diferentes pessoas incorporam diferentes quantidades de capital humano, fruto de investimentos como educação, experiência entre outros, assim as diferenças de qualidade de mão-de-obra são vistas mais facilmente, podendo assim corresponder a uma distribuição semelhante de salários em relação a qualidade de mão-de-obra das pessoas. Assim o mercado funciona nos moldes neoclássicos, remunerando os fatores de acordo com sua produtividade marginal. Acréscimos na educação das pessoas correspondem, em média, a aumentos nos seus salários.
Capital humano e teoria econômica
A importância da análise econômica do capital humano foi destacada devido a preocupação com os problemas de crescimento econômico e melhor distribuição de renda, da década de 60. Incrementos na qualidade de mão-de-obra dos trabalhadores são fatores importantes para o crescimento econômico, na década de 50 o interesse pelo crescimento econômico era relativamente menor, as preocupações eram alcançar o pleno emprego e abrandar a virulência dos ciclos econômicos.
A teoria do capital humano e alguns dos seus problemas
Sabe-se que diferentes pessoas possuem não só diferentes tipos e quantidade de capital físico, mas também diferentes tipos e quantidades de capital humano