A evolução histórica das políticas sociais em Portugal

A evolução histórica das políticas sociais em Portugal
De acordo com alguns estudiosos no assunto, a implementação de políticas sociais foi marcado no final do século XIX com a criação e multiplicação das primeiras legislações e medidas de protecção social, generalizando-se após a segunda guerra mundial, com a construção do Welfare State nos países da Europa Ocidental, com o plano Beveridge - Inglaterra, 1942. A avaliação desse universo está relacionada às relações entre as classes sociais e as forças sociais, além das condições económicas gerais, que de alguma maneira, interferem nas opções políticas e económicas dos governos. O que de facto, se tem como registro histórico, é que, a preocupação com o “bem-estar” na sociedade, ou o que fazer com os menos favorecidos, e o papel do Estado nesses processos, remota há muito tempo atrás. Com o liberalismo, a maneira de pensar a economia e a sociedade surge também, o desejo de romper as amarras entre o clero e a aristocracia ou o Estado Absoluto. A visão social do mundo pelos liberalistas, adequava-se ao papel revolucionário da burguesia que Marx tão bem explorou no seu livro: "O Manifesto do Partido Comunista", esgotando-se quando o capital se torna dominante e os trabalhadores começam a formular seu projecto autónomo desconfiando dos limites da burguesia a partir das lutas de 1848. Já para Smith o Estado deve fornecer a base legal, para que o mercado livre, maximize os “benefícios aos homens”, Estado mínimo, sob forte controlo dos indivíduos que compõem a sociedade civil. Na segunda metade do século XIX e no início do século XX, o liberalismo enfraquece as suas bases materiais, resultando em alguns processos político-económicos, tais como: o crescimento do movimento operário, que acabou por ocupar espaços políticos importantes, reconhecendo direitos de cidadania política e social mais amplo para esses segmentos; a vitória do movimento socialista em 1917, na Rússia, numa atitude defensiva do capital