A Evolução do RNA
1. Três funções principais para o RNA hoje.
Poderíamos dizer, de uma maneira grosseira, que na maior parte dos organismos que conhecemos hoje, há uma grande divisão de trabalho que regula toda a vida. De um lado, temos as moléculas responsáveis pelo armazenamento e decodificação da INFORMAÇÃO (ácidos nucléicos: DNA, e RNA) de outro lado, temos as moléculas responsáveis por toda uma diversidade de funções, como a catálise, a estruturação do corpo, etc. Estas são as proteínas.
As proteínas são produzidas a partir da informação contida no DNA pelos processos de
TRNASCRIÇÃO e TRADUÇÃO. Em ambos os processos, temos a participação imprescindível de diferentes tipos de RNA.
Primeiramente, ocorre a transcrição, a partir do DNA, de um tipo de RNA denominado de
RNA mensageiro, ou mRNA. Nos Eucariotos, isso acontece no interior do núcleo da célula.
Após a montagem das moléculas de mRNA, que são fitas simples, estas viajam para fora do núcleo para outras organelas, os Ribossomos, que são formados por outro tipo de RNA, o RNA ribossômico que é um tipo de RNA associado com proteínas. No ribossomo, a seqüência de aminoácidos determinada pela informação do código genético é lida, num processo denominado de tradução. Na tradução, temos a participação de um terceiro tipo de RNA, o RNA de transferência, que está ligado a um aminoácido em uma de suas extremidades e, na outra, possui uma seqüência de nucleotídeos complementar àquela do mRNA.
Em resumo, temos três tipos principais de RNA (mensageiro, ribossômico e de transferência), todos principalmente envolvidos com a tradução do código genético.
2. O RNA catalítico.
No entanto, as três funções enumeradas acima não são as únicas funções que as moléculas de RNA possuem na célula.
Por volta de 1970, descobriu-se que o DNA é composto por grandes porções de DNA não codificador, que foram chamados de introns. Muitas vezes, estas seqüências não codificadoras estão posicionadas entre um gene.