A evolução da participação feminina na vida pública
Comemoração do Dia Internacional da Mulher - 08/03/13
No dia 8 de Março de 1857, mulheres operárias de uma fábrica têxtil nova-iorquina organizaram uma significativa greve. Essas revolucionárias reivindicavam melhores condições de trabalho, sendo destaques o pedido de equiparação de salários com os homens e o tratamento digno. A repressão violenta da greve resultou em, aproximadamente, 130 mortes de mulheres que foram trancadas à força na própria fábrica e que foi incendiada. Cinquenta e três anos após esse evento, uma conferência na Dinamarca declarou que esta data prestaria uma homenagem à essas mulheres e que passaria a ser o Dia Internacional da Mulher. Sendo assim, o objetivo desta e de muitas outras palestras e conferências organizadas mundo afora, é a de discutir o papel da mulher na sociedade atual, problematizando sua desvalorização histórica e cultural. Para mostrar uma referência primordial, voltamos à época do filósofo alemão Karl Marx, início do século XIX. Em sua obra "Sobre o suicídio", Marx estuda quatro casos de suicídios nos quais três são mulheres. O intelectual mostra, em seu estudo, que essas mulheres foram vítimas da chamada tirania familiar, ou seja, a Revolução Francesa trouxe a opressão feminina devido ao aumento da consolidação do capital. Com isso, Marx concluiu que a Revolução não havia derrubado todas as barreiras de poder arbitrário. Ainda existia uma questão social que era a opressão dentro do núcleo familiar - exercida por pais ou maridos - e isso era presente independente de classe social. Se inicia então o começo de uma luta política diante da desigualdade de gêneros. É considerada papel político pois é dever da mesma jurar e fazer cumprir a Constituição, que declara a erradicação de desigualdades. É evidente que esse conflito acompanha a humanidade há tempos, sempre em desfavor da mulher, apesar de ser o sexo feminino aquele capaz de gerar