A Estética de Longino
Não é com facilidade que se pode restaurar a estrutura do Tratado do Sublime, por muito tempo atribuído a Longino. Esta dificuldade se deve a estrutura do tratado, que é em forma de carta enviada a Postimius Terentianus, discípulo do autor.
Hoje é difícil encontrar um termo que possa traduzir a grandeza descrita por Longino. O termo sublime indica uma nova categoria estética distinta do belo e do pitoresco, voltada para aspectos extraordinários e grandiosos da natureza. São enumeradas cinco fontes do sublime.
Longino defende que a origem natural do sublime não impede a teorização e o ensino, sendo assim, pode dar conselhos aos homens que estejam empenhados na vida política. A falta de equilíbrio entre o talento e o estudo causam três vícios do sublime, sendo a ênfase, a puerilidade e o falso entusiasmo ou então conhecidos como a falsa elevação, a falsa paixão e a falsa erudição. Tais defeitos que apenas com o conhecimento das revelações das verdadeiras grandezas permitem reconhecer.
A inteligência crítica permite que nem mesmo na vida comum o homem sábio se deixe seduzir pela falsa atração transmitida pelo mundo, quanto na vida intelectual o leitor desmascara a grandeza artificial que é capaz de deixar sua alma vazia e indiferente. Os verdadeiros textos sublimes sempre agradam a todos, como afirma Jackie Pigeaud. O que permanece é uma lembrança inesquecível.
A exigência de harmonizar a natureza e a arte inspira também a teoria das cinco fontes da linguagem elevada que são elas:
1- O domínio de um bom desenvolvimento no domínio das ideias;
2- A paixão violenta e criadora do entusiasmo.
Sendo estas duas oriundas de fontes naturais.
3- Qualidade da fabricação das figuras (as figuras de pensamento e as figuras das palavras);
4- A expressão generosa, fazendo parte, a escolha das palavras e a expressão figurada e fabricada;
5- Composição digna e elevada.
Evidencia-se que as cinco fontes do sublime não agem todas ao mesmo tempo,