A estética de longino

No século XVIII o termo sublime entra em uso indicando uma nova categoria estética, distinta do belo e do pitoresco. O conceito obtém maior aceitação com o Tratado sobre o Sublime, atribuído a Longino.
Longino descreve as coisas do mundo natural em termos de imensidão e violência. O sublime se dirige ao ilimitado, ao que ultrapassa o homem e todas as medidas ditadas pelos sentidos.
Interessante dizer que o tratado é visto por alguns estudiosos como o texto que antecipa a concepção de gênio.

O autor de maneira brilhante se propõe a dar conselhos úteis aos homens engajados na política, pois para ele a origem natural do sublime não impede o ensino. Ele dizia ainda que nascer com um dom era a condição necessária, mas não suficiente para se produzir um discurso sublime , afirmava também que a incapacidade do homem em estabelecer o equilíbrio entre o estudo e o talento produziam três vícios do sublime: A falsa elevação, a falsa paixão, e a falsa erudição. Segundo o autor o homem sábio não se deixa seduzir pelos falsos prazeres do mundo. Sendo assim, o autor formula as cinco fontes da linguagem elevada sendo elas:

1-Domínio das idéias;
2-Paixão violenta e criadora de entusiasmo;
3-Qualidade da formação de figuras retóricas;
4- Expressão generosa;
5-A composição digna e elevadora;

Certamente as fontes não agem todas ao mesmo tempo, para que o efeito sublime seja produzido é suficiente que sempre um elemento da physis esteja ligado à um elemento da techné.

Longino defende a ideia de que o orador é tomado pela paixão, e que o discurso bem promovido é capaz de comover a platéia. Por fim, podemos afirmar que embora o assunto possua sua pequena dose de complexibilidade, não podemos negar sua importância e o quão interessante o mesmo se torna quando