A ESTRUTURA DE UM ROTEIRO, DE POÉTICAS À ESTÓRIAS
Escrever roteiros não é algo simples, isso Aristóteles já afirmava. Muito mais que inspiração, você precisa de uma boa teoria, uma boa estrutura, podemos até dizer que é bem mais importante que a própria ideia, e é dessa estrutura que falaremos um pouco.
Antes de falarmos da estrutura do roteiro, falaremos da arte de escrever roteiros, Aristóteles já dizia que só o homem tem o dom de imitar, com isso nasceu as artes. Elas se diferem pelos meios de imitação, os objetos de imitação e o modo como é imitado. Os meios são as formas de artes que conhecemos hoje, pintura, escultura, etc., os objetos são os homens e suas índoles, homens de índole melhores e suas ações para tragédia e homens de baixa índole para a comédia.e o modo de imitação pode ser em primeira ou terceira pessoa. Desses meios surgiram os roteiros utilizando a estrutura de inicio, meio e fim das fábulas, junto com a vontade de causar efeitos diversos nos espectadores. Mas isso só seria possível com uma tragédia de qualidade, seguindo as etapas: fábula, caracteres, elocução, pensamento, espetáculo e música.
Para criar um roteiro, primeiro devemos ter em mente a história a ser contada, qual ponto de vista será contada, qual ou quais são os protagonistas, qual será o final e os nossos pontos de virada. Então assim poderemos botar em ordem nossos pensamentos, para saber como correrá a história. Em Poética Aristóteles diz: “Deve, pois o poeta ordenar as fábulas e compor as elocuções dos personagens, tendo-os em vista o mais que for possível, porque desta sorte, vendo as coisas claramente, como se estivesse presente aos mesmos sucessos, descobrirá o que convém, e não lhe escapará qualquer possível contradição.” (Aristóteles,s/d., pg. 97).Segundo Field (1982) existe uma técnica utilizada por muitos outros roteiristas inclusive ele mesmo, que é utilizar cartões de 12 x 8 cm, assim você escreverá as cenas, ou sequencias nos cartões e coloca-los na ordem que