A estratégia grega nas termópilas
Devido a sua situação geográfica, a Grécia continental esteve durante muito tempo isenta de pressão estrangeira direta, e de ataques. Até a Pérsia invadi-la; a primeira vez em 490 a.C. ordenado pelo rei Dario, e a segunda uma década depois sob seu sucessor Xerxes.
Esparta tinha tamanha reputação em assuntos militares, que foi a ela e não a Atenas que os gregos recorreram para o comando contra Xerxes. Em 481 a.C., a convite de Esparta, representantes de todos os estados gregos se reuniram e resolveram encerrar todas as suas disputas em face do perigo comum. Denominando-se liga dos gregos, conferiram a Esparta a autoridade sobre todas as suas forças. A princípio, a liga cogitou de concentrar todas as suas tropas no istmo de Corinto, a estreita faixa de terra que une o Peloponeso ao resto da Grécia, deixando assim Atenas expostas diretamente aos Persas.
Os gregos resolveram então estabelecer uma linha de defesa perto da fronteira norte da Tessália, mas isso lhes deixaria a retaguarda desprotegida. Eles se retiraram então para o estreito desfiladeiro das Termópilas (na Beócia), na fronteira sul da Tessália, uma estreita passagem de quinze metros de largura entre o mar e as montanhas (mas agora foi alargado pelo lodo de um rio próximo ate formar uma planície que em alguns pontos tem cinco quilômetros de largura).
A estratégia grega era impedir o avanço das tropas bárbaras num ponto onde a superioridade numérica persa fosse neutralizada pela falta de espaço.
Xerxes conservava-se a maior parte do tempo paralelamente à costa, de modo que os navios persas pudessem dar apoio e abastecimento. Quando chegou as Termópilas, ele viu-se diante de uma força avançada do exército grego; trezentos guerreiro espartanos tinham marchado para o norte sob as ordens de seu rei, Leônidas, esperando que o resto dos aliados os seguissem depois da conclusão dos Jogos Olímpicos, que se estavam realizando nessa ocasião. No caminho, Leônidas recolheu