A essência do classicismo
Neste capítulo inicial, o autor informa o objetivo de sua obra, que é tratar da linguagem arquitetônica clássica no seu âmbito usual, deixando claro que este não se trata de um livro sobre História da Arquitetura Greco-Romana, mas sim sobre a linguagem clássica em si.
Ele começa pela análise da palavra "clássico" e como ela é aplicada à arquitetura, definindo uma obra como `clássica` apenas quando esta contém algum tipo de alusão a alguma das 5 ordens da Antiguidade, mesmo que pequena. Ao mesmo tempo ele quebra o pensamento errôneo de que tudo o que se utiliza da harmonia e da proporção é necessariamente clássico, como muitos leigos costumam acreditar.
Aprofundando-se nas já citadas "Cinco Ordens da Arquitetura", Summerson define uma ordem como "unidade 'coluna-superestrutura' que compõe a colunata de um templo" (página 6), sendo elas: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita; e faz uma breve análise sobre como elas foram documentadas por grandes nomes da arquitetura, como Vitrúvius, Leon Battista Alberti e Serlio.
Exploradas as histórias referentes as ordens, é feito um levantamento de hipóteses sobre o uso e a simbologia das mesmas. Por exemplo, acredita-se se que a Ordem Dórica era utilizada para expressar força e aspereza e era relacionada a figuras masculinas, enquanto que a Jônica representava a delicadeza de um corpo feminino.
O autor complementa a análise com ilustrações detalhadas das cinco ordens interpretadas por nomes como Vignola e Palladio, nos fornecendo uma riqueza de imagens que facilitam a compreensão textual.
Por fim, é feita a comparação das ordens com os elementos básicos da gramática, o que nos leva a imaginar uma infinidade de possibilidades para o uso delas, e levantando uma curiosidade que só será acalmada nos capítulos mais