Arquitetura em pedra, conceitos estruturais e estéticos: do classicismo às catedrais
A primeira definição apresentada por Summerson é a aquela ele chama de mais óbvia: "um edifício clássico é aquele cujos elementos decorativos derivam direta ou indiretamente do vocabulário arquitetônico do mundo antigo – o mundo clássico" (Grécia e Roma). Com esta primeira definição o autor busca apenas dar uma uniformidade numa categoria de edifícios (clássicos, no caso), mas sem ainda apresentar algo que possa ser tomado como a essência do classicismo na arquitetura.
As tentativas de delimitar essa essência foram, ao longo da história da arquitetura clássica, levando a defini-la como a busca pela harmonia inteligível entre as partes. Essa harmonia seria representada através da construção de partes proporcionais entre si, ou seja, que as proporções dessas partes do edifício sejam funções aritméticas e que estejam relacionadas entre si.
Entretanto, a proporcionalidade de um edifício não o torna necessariamente um edifício clássico. Para ratificar essa sentença o autor exemplifica: "os pórticos da catedral de Chartres são, em proporção e distribuição, tão clássicos quanto se possa imaginar, porém nunca deixarão de ser considerados góticos".
Após esse recorte de duas possíveis definições para o clássico, Summerson prossegue no primeiro capítulo de seu livro destacando uma série de características dos edifícios da Antiguidade (Grécia e Roma) e a reconhecida importância que essas características tiveram durante a Renascença. Desta forma, ele arquiteta a ideia de que a essência do classicismo não estaria apenas na harmonia (proporção) das partes do edifício e nem tão