A ESCRAVIDÃO

A ESCRAVIDÃO

A escravidão no Brasil teve seu início na época do Brasil Colônia onde os habitantes que aqui existiam (indígenas) eram forçados a realizar trabalhos nos engenhos de açúcar. Na primeira metade do século XVI, os portugueses traziam negros de suas colônias da África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar no Nordeste, onde era uma sociedade baseada na oposição. Ser senhor de escravos era a condição desejada pela imensa maioria da população branca e mestiça, era como ter prestígio social político e econômico, uma vez em que o trabalho era considerado desonroso para os brancos, as atividades manuais passavam para as pessoas consideradas “inferiores”, já que a escravidão era justificada pela sua preexistência na África, o negro era considerado não civilizado e racionalmente inferior. A lei protegia de certo modo os índios, mas o escravo negro não tinha direito algum e era juridicamente considerado como “coisa” e não como pessoa.
Depois de aprisionados na África, eram acorrentados e marcados com ferro em brasa como forma de identificação e então eram vendidos aos comerciantes europeus, americanos ou africanos que se estabeleciam no litoral da África e vinham para a América nos navios negreiros. Devido aos maus tratos e as péssimas condições do transporte, calcula-se que morriam de cinco a vinte e cinco por cento dos negros durante a viagem, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Por isto, os navios negreiros eram chamados de “tumbeiros” (palavra referente à tumba) ou “túmulos flutuantes”.
A realização das diversas tarefas impostas aos cativos exigia disciplina. O africano escravizado cumpria as ordens por medo do chicote, das torturas e das mutilações. Muitas vezes, depois de açoitados, o escravo era cortado com faca ou navalha. Sobre seu corpo era despejado algum líquido ácido com urina ou suco de limão. Poderia então ser acorrentado por alguns dias. Esse procedimento era considerado normal, pois, segundo os brancos, os