a escravidão no Brasil e a paulatina chegada à liberdade
A ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLÔNIA, AS RELAÇÕES ENTRE CATIVOS
E A PAULATINA CHEGADA DA LIBERDADE
Aristides Leo Pardo1*
Resumo: Este artigo mostra como funcionou a escravidão no Brasil Colônia, as esperanças de liberdade e as estratégias para amenizar a agonia das senzalas até o dia da redenção, em que estava abolida a escravidão no Brasil, não por benevolência dos governantes, membros de uma aristocracia sustentada em parte pelos grandes senhores escravocratas e sim por uma seqüência de fatores, que fizeram ruir o último foco de escravidão na América do Sul, já no raiar do Século XX. Foi feita uma reflexão, tendo como base, as bibliografias especializadas, além das fontes arroladas no espaço apropriado.
Palavras-Chave: Escravidão – Liberdade - Brasil Colônia
ASPECTOS INICIAIS
A escravidão é uma das práticas mais antigas da humanidade, sendo desde os primórdios das civilizações a força motriz de desenvolvimento para povos e Impérios, sendo a ação condenatória aos derrotados em batalhas e invasões, que se viam forçados a trabalharem para a força dominante.
Com as Grandes Navegações, que resultou na chegada do europeu às
Américas, o uso do trabalho cativo foi peça fundamental para o progresso das novas colônias e especialmente no Brasil, que por mais de duzentos anos serviu apenas para exploração de matérias primas para o reino de Portugal e baseou-se na mão de obra escrava, de africanos, trazidos a força, após as frustradas tentativas de escravizar os povos indígenas que aqui já habitavam.
O poder da Igreja e a “necessidade” de salvação da alma do negro, mergulhada no paganismo africano foi a justificativa para a escravidão, que
“cobrava” o serviço como cativo, o “favor” da evangelização. A percepção de que essa prática poderia ser convertida em algo mais lucrativo, além do trabalho para o clero, foi o ponto de partida da transição para o escravismo, sempre com a legitimação da cristianização dos africanos.
Assim como é muito genérico