a escrava isaura
Isaura é uma escrava de pele branca, filha de uma negra já falecida com um homem branco, ex-feitor de fazenda. Durante muito tempo ele pelejou para comprar a filha para dar-lhe a liberdade, mas o preço de Isaura era muito elevado, pois ela recebera uma educação muito refinada e o casal Almeida criaram-na quase como uma filha e só queriam libertá-la quando estivessem perto de morrer, pois estavam muito apegados a ela. Mas o casal morreu antes de alforria-la e agora ela estava nas mãos de Leôncio, o cruel filho do casal, que herdara a fazenda e vivia assediando Isaura.
Cena:
Leôncio: Isaura fica sabendo que agora a tua sorte está inteiramente nas minhas mãos.
Isaura: sempre esteve, senhor.
Leôncio: agora mais que nunca. Meu pai e minha mãe são falecidos, eu sou o herdeiro de tudo e, portanto, sou teu dono. Deverás obedecer a todas minhas ordens e fazer minhas vontades. Mas não se preocupe, sua felicidade depende apenas de sua vontade.
Isaura: minha vontade?
Leôncio: eu desejo tornar-te a criatura mais feliz de todas as criaturas. Basta que me aceites como teu amante.
Isaura: eu, senhor? Oh! Deixe esta humilde escrava em seu lugar. A senhora Malvina é tão formosa, tão boa e lhe quer tanto bem. Eu lhe peço senhor, deixe-me em paz. Estou pronta para lhe servir em tudo, menos nisso que o senhor exige.
Leôncio: Isaura, vais se arrepender de ter rejeitado meu amor! Feitor (gritando) leve esta escrava ingrata amarre-a no tronco e deixe-a a pão e água por uma semana.
Feitor: sim senhor.