A escola francesa
O autor comenta sobre a utopia vivida após os 30 anos gloriosos, a esperança de uma sociedade sem necessidades onde a população seria protegida contra os riscos da existência, porém a década de 80 mostra que este sonho de coesão social não era possível de ser realizado. Cresce o desemprego e a pobreza adquire novas formas, quebrando a imagem de retorno ao passado, já que o contexto de exploração não é o mesmo, assim surge o que o autor chama de “nova questão social”, esta exprime a mudança de natureza da crise estatal dos anos 1970 comparado á década de 1990. O foco da discussão é voltado aos princípios de solidariedade e concepção de direitos sócias, além de problemas financeiros e estatais. A princípio preocupa-se com a questão da organização da solidariedade e o fracasso em relação a concepção dos direitos sociais que, de certa forma, garantiam a proteção aos excluídos. O autor enfatiza a importância do Estado providência na busca pela coesão social, porém é necessário repensá-lo para que sua intervenção seja positiva, ou seja, reinstituí-lo nos aspectos intelectual e moral. Para tal é preciso abandonar a ideia de igualdade e de que os serviços públicos passam pela lógica estatal e não mercantil, deve-se fazer a troca para uma tríplice dinâmica entre socialização, descentralização e autonomização. Rosanvallon observa que, sem criticar o capitalismo, é possível organizar uma solução para a crise do Estado e da exclusão, que inclui uma construção de um Estado ativo e vinculado ao desenvolvimento de uma nova cidadania que tenham como base a solidariedade.
De certa forma as modificações da produção é naturalizada pelo autor, e deixa claro que as relações existentes devem ser mantidas, baseia-se em princípios liberais, já que a seguridade social é vista como um contrato entre Estado e cidadãos. A desigualdade é uma característica vinculada a diferença entre homens, deve-se então oferecer um tratamento