escola francesa
O Sistema Frances de atividade física originou-se no final do Renascimento, durante o Século XVIII, na Europa. Tinha como pressuposto que o lado físico contribuía diretamente para a construção do homem ideal para a sociedade pois, através da “gymnastica” 1 (movimentos coordenados, ritmados e coreografados do corpo), seria possível a formação ética (disciplina), social (resistência as adversidades das guerras) e higiênicas (aumento da força e saúde corporal), conforme apontava GRIFI (1989):
A ginástica apareceu, então, como um elemento essencial para a educação do “homem total”, pois servia para enriquecer o espírito, enobrecer a alma e fortalecer o corpo. . Para tanto, as atividades físicas deveriam ser aplicadas de forma a atingir fins éticos, sociais e higiênicos. Éticos porque eram consideradas um válido instrumento de disciplina e formação da juventude; sociais, prevalentemente militares, porque fortificavam o corpo tornando-o mais resistente às fadigas da guerra e, por conseguinte, úteis à pátria; higiênicos porque eram tratadas como um indispensável meio para fortalecer o organismo e manter a saúde corporal (pág. 155).
As atividades físicas ministradas nas aulas de educação física escolar, sob as orientações metodológicas da escola francesa, eram baseadas em exercícios calistênicos2: movimentos repetitivos que trabalhavam, de forma isolada, membros superiores e inferiores. O professor indicava a forma de realização da ação motora ou demonstrava na prática, de forma que seus alunos repetissem sua execução. No auge dessa escola higienista, na década de 1930, era comum essa sistemática de aula, conforme ilustra a figura abaixo:
Figura 01. Alunos do Colégio Leopoldo, no Rio de Janeiro, em aula de educação física escolar em 1930
Fonte: http://colegioleopoldo.org.br/esportes.html O Método Francês alinhava a formação higienista, militar e ideológica (com forte teor nacionalista). Além de ser a primeira doutrina à