A escola dos annales

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Uma nova tendência na interpretação da História começou a esboçar-se, primeiramente, nos anos 20 do século XX, na revista Síntese, e, posteriormente, nos anos 30, com a revista Les Annales. Esta nova conceção de interpretação da História, que ficou conhecida como Escola dos Annales, põe em causa toda a historiografia tradicional, surgindo como reação às escolas metódica e positivista. Visava, sobretudo, substituir uma visão demasiadamente política e institucional da História, que caracterizava as correntes anteriores, por uma História mais vasta, que incluísse todas as atividades humanas; uma perspetiva da História menos ligada à narrativa dos acontecimentos e mais ligada à análise das estruturas.
Entre os seus principais protagonistas destacam-se Lucien Febvre e Marc Bloch e, posteriormente, Fernand Braudel.
A Escola dos Annales destacou-se das anteriores:
- ao desprezar o acontecimento e insistir no tempo estrutural de longa duração. Fernand Braudel, na obra O Mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Filipe II, sugeriu que as mudanças, no devir histórico, acontecem a ritmos diferentes, distinguindo particularmente três desses ritmos: ritmo rápido dos acontecimentos (o simples acontecimento), o tempo dos sistemas económicos, Estados, sociedades e civilizações (as conjunturas) e uma História de repetição constante de ciclos recorrentes (estrutura);
- ao afirmar que a História não deveria ser mais uma sequência de acontecimentos relatados em documentos escritos. A reconstituição da História deveria ser realizada através de outro tipo de documentos, como, por exemplo, os vestígios arqueológicos;
- ao considerar não apenas novos documentos mas também novos domínios, debruçando-se na análise dos factos económicos, na organização social e na psicologia coletiva das mentalidades;
- ao promover a interdisciplinaridade com outras Ciências Sociais, tentando chegar a uma História total. Segundo Fernand Braudel, "depois da fundação dos Annales, o historiador

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