Escola dos annales
Resenha crítica: A Revolução Francesa da Historiografia
O livro de Peter Burker vem trazendo um estudo do movimento dos Annales, o qual surgiu na década de 20 com Lucien Febvre e March Bloch, influenciado pelas Ciências Sociais, esse movimento foi o responsável por revolucionar a Historiografia Francesa, antes a história era apresentada por seus eventos e tinha uma cronologia definida. Em sua primeira fase, os Annales apresentam uma nova proposta, diferente da história tradicional, o que seria chamado de “Nova História” abrindo um caminho entre a história e as Ciências Sociais, aproximando a história da ciência, tornando a história-problematizadora. Os grandes líderes da Primeira geração foram Lucien Febvre, especialista no séc. XVI, e o medievalista Marc Bloch. Apesar de serem parecidos na maneira de abordar os problemas da história, eles tinham diferença em seus comportamentos. Essas diferenças não atrapalhou o trabalho que eles desenvolveram juntos por duas décadas. Durante sua vida no ensino superior Febvre desenvolveu interesse pela história social. Ele tinha grande admiração pela obra de Michelet e reconheceu Burckardt e Louis Corajad como os seus “mestres”. Em sua tese de doutoramento é possível observar a influência de Jean Jaurés. Febvre demonstrava grande interesse pela geografia histórica, chegou a desenvolver um trabalho antes da Primeira Guerra, porém, ele foi interrompido, pois seria capitão de uma companhia de artilharia. Esse estudo de Febvre aborreceu alguns geógrafos profissionais, ele havia sido influenciado pelo seu antigo professo Vidal de La Blache. O geógrafo alemão Ratzel atribuía maior influência ao meio físico sobre o destino humano, esse determinismo geográfico irritou Febvre, pois contrariava as ideias de Vidal e à liberdade humana.Em sua carreira, Bloch não diferenciava muito de Febvre, ele