A Escola de Frankfurt
Chama-se de Escola de Frankfurt ao coletivo de pensamento e cientistas sociais alemães, com interesses em diversos campos do poder. Horkhelmer e Adorno criaram o conceito indústria cultural e propuseram as linhas gerais de sua crítica ao descortinarem o que chamara, no título de sua obra principal, de Dialética do iluminismo em 1944, em pleno curso da 2ª Guerra Mundial. A Revolução Social em que acreditavam fracassara em todas as partes, e já não havia mais a figura do Estado Liberal. Na Europa, a barbárie nazista não termina e o socialismo consumira-se no despotismo burocrático. Os pensadores perceberam que também nos regimes formalmente democráticos havia tendências totalitárias. Segundo o que os autores chamam de dialética do iluminismo os tempos modernos criaram a ideia de que não apenas somos seres livres e distintos como podemos construir uma sociedade capaz de permitir a todos uma vida justa e realização individual. Kracauer e Benjamin manifestaram repúdio pela ideia de cultura burguesa e simpatia pelas novas formas de arte tecnológicas. Acreditavam que as condições essenciais da máquina e do modo de vida urbano estavam criando uma estética em que se revelam um novo tempo e um novo horizonte cultural para a humanidade. Para o modelo de produção e consumo de arte, o capitalismo criara sem querer as condições para uma democratização da cultura. As experiências estéticas assim postas em circulação eram pobres, devido à exploração desses meios pelo capital. As ideias de Kracauer e Benjamin, segundo seu modo de ver, a pretendida democratização da cultura promovida pelos meios de comunicação é motivo de embuste, porque esse processo tende a ser contido pela sua exploração com finalidades capitalistas. A produção estética integra-se à produção mercantil em geral, permitindo o surgimento da ideia de que somos dependentes dos bens que podemos comprar e dos modelos de conduta veiculados pelos