A escola antiga
Aluna:
Luana Silvério Alves Passos – RA 1218173
PÓLO
JACAREÍ
2013
A professora Lurdes
Ao me lembrar da minha infância na escola, é praticamente impossível não me lembrar da professora Lurdes. Seu nome completo era Lurdes da Luz, uma jovem senhora de cabelos ruivos e curtos, pele clara e um andar rápido como se estivesse sempre atrasada, embora já estivesse nos esperando à frente da fila de entrada para a sala de aula. Me lembro muito bem do primeiro dia de aula. Que agonia! Nunca antes ouvira o hino nacional, não sabia quem inventara, nem porque deveria saber a letra de cor e salteado. E eis que no primeiro dia de aula, logo na fila de entrada, ouvi o tal do hino nacional.
Neste momento tão importante da vida de um cidadão eu estava simplesmente desesperada, havida pelo portão de saída da escola. O som era por diversas vezes interrompido por ruídos que demonstravam quão antiga era a vitrola, sem contar a choradeira e gritaria das crianças que iniciavam sua vida escolar naquele dia. E a professora Lurdes me observava, assim como aos outros, até que em determinado momento, não suportei. Gritei, chorei, corri em direção ao portão da escola e, foi então que recebi um abraço do qual me lembro até hoje. Era a professora Lurdes me reconduzindo à fila, me dizendo palavras de conforto e animação por estar ali.
Como era inteligente a professora Lurdes. Ela sabia de tudo! Alfabetizava ao mesmo tempo em que nos ensinava a construir casinhas com caixas de fósforo, a compartilhar os lápis de cor, a se levantar quando a diretora da escola visitava a classe. Ela promovia pequenos debates em sala, para que desenvolvêssemos o dom da oratória, nos ensinava a ler corretamente, pausadamente, respeitando todos os pontos e as vírgulas. Fazia com que nos sentíssemos importantes realizando tarefas simples, como por exemplo, quando a auxiliávamos com o uso do mimiógrafo.
Como já disse, seu nome era Lurdes da Luz. E acredito que não há sobrenome melhor a