nova e antiga escola
O número de analfabetos no Brasil, em 1890, segundo a estatística oficial, era, em uma população de 14.333.915 habitantes, de 12.213.356, isto é, sabiam ler apenas 16 ou 17 em 100 brasileiros ou habitantes do Brasil. Difícil será, entre os países presumidos de civilizados, encontrar tão alta proporção de iletrados. Assentado esse fato, verifica-se logo que à literatura aqui faltava condição da cultura geral, ainda rudimentar e, igualmente, o leitor e consumidor dos seus produtos. (1983 apud. SEVCENKO, 1900, p.88).
Em artigo publicado em 1900, José Veríssimo relata o descaso publico em relação à educação, a sua significativa deficiência, as poucas escolas que existiam eram frequentas apenas pela população de classe media alta, os filhos da classe burguesia começavam a ser ensinados cedo, muitas das vezes recebiam aulas em casa, e ao atingir certa idade eram inseridos aos poucos em escolas particulares leigas ou religiosas nas principais capitais em regime interno ou semi-interno. As poucas precárias escolas que tinham no interior do país e atendiam a população rural que por muitas vezes as aulas eram ministradas por professores sem qualquer qualificação, alguns apenas sabiam ler e escrever, essas escolas atendiam pessoas de áreas bem dispersas onde antes eram atendidas pelas chamadas “antigas aulas” instituídas pelas reformas pombalinas, após a expulsão dos jesuítas, em 1763.
Um pouco após esse período houve o termino da primeira grande guerra mundial a qual veio da um imenso impulso nas intensivas reformas da educação no país, a revolução industrial que ocorreu naquela época criou uma diversificação no mercado de trabalho, muitas pessoas provenientes do êxodo rural atrás de melhoria de vida viesse parar nas indústrias, a partir de então os comércios e indústrias começaram a se almejar aprimoramento e qualificação nas mãos de obras. Imigrantes estrangeiros portadores de uma educação mais aprimorada, elementar, profissional começaram a pressionar nossa