A era vargas
A "Revolução" de 1930 deu início a uma nova etapa de nossa história política, que estendeu-se até 1945, essa fase foi marcada pela liderança política de Getúlio Vargas. Podemos segmentá-la em "Revolução" de 30, Governo Provisório, Fase Constitucional e Estado Novo (1937-1945) este último um período ditatorial baseado em burocracia complexa e poder centralizador, com intervenção do Estado na economia e nos sindicatos. Assim vista, a Revolução de 1930 se inscreve na vaga de instabilidade política que tomou conta da América Latina na década de 30, a qual produziu grandes agitações e golpes militares no Peru (1930), na Argentina (1930), no Chile (1931), no Uruguai (1933), em Cuba (1933) e nas repúblicas centro-americanas, no mesmo período.
GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1945)
O Governo Provisório reorganizou a vida política do país, com o claro objetivo de acomodar a situação diante das oligarquias que haviam apoiado a aliança e com os cafeicultores, evitando, portanto, maiores atritos. Por outro lado, vários dos tenentes foram nomeados interventores para os Estados, sendo que alguns como Juarez Távora, indicava os titulares para o Nordeste. O Governo temendo a aproximação do Partido Comunista, com esses grupos, procurou antecipar-se, instalando o Ministério do Trabalho, com o objetivo de enquadrar as reivindicações e pronunciamentos do proletariado urbano nos limites do campo político controlado pelos setores dirigentes. As principais transformações se faziam voltadas para a burguesia industrial e financeira, porém a burguesia rural participava, sendo que, a iniciativa estatal não só continuou a considerar os produtores de café, como também lhes proporcionou meios para se adaptarem à nova realidade. Outro aspecto a se destacar é quanto aos sindicatos, alvo preferencial do governo Vargas neste primeiro momento. Objetivando exercer um controle mais específico sobre o incipiente proletariado urbano,