A era dos imperios resenha
HOBSBAWM, Eric. “A era dos impérios”. In HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios (1875-1914). 9° Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
Hobsbawm inicia seu texto afirmando que mediante uma economia mundial caracterizada por um núcleo capitalista desenvolvido ou em desenvolvimento, possivelmente se transformaria num mundo onde os “avançados” dominariam os “atrasados”, em síntese um mundo de império. O autor chama atenção para o fato de que durante os anos de 1875 e 1914 houve uma grande quantidade de governantes que se autodenominavam imperadores. No entanto tratava-se de um novo tipo de império, um império colonial. Em seguida o autor passa a descrever os territórios e suas respectivas divisões feitas pelos países capitalistas. Os EUA dominaram Cuba, Porto Rico e Filipinas em 1898. Outras áreas na Ásia foram também divididas, sendo que algumas outras continuaram independentes, como por exemplo, o Afeganistão que dividia os domínios britânicos da Rússia, como também do Sião que dividia os domínios britânicos dos domínios franceses. Esses Estados se mantiveram independentes, simplesmente pelo fato de servirem como Estados-tampão, funcionando somente para as divisões dos domínios imperialistas, como também pelo fato de que as grandes potências imperialistas não conseguirem chegar a um acordo quanto à divisão dos mesmos, ou simplesmente quanto a sua extensão.
Duas grandes regiões do mundo foram inteiramente dividas, são elas, a África e o Pacífico. No caso do Pacífico, não restou nenhum Estado independente, distribuído entre britânicos, franceses, alemãs, holandeses, norte-americanos e japoneses. Quanto a África, a mesma foi distribuída entre os britânicos, franceses, alemães, belgas, portugueses, espanhóis, tendo ainda como independentes a Etiópia, Libéria e uma parte de Marrocos que resistia a total conquista. Só a América não foi afetada fortemente por essa divisão, sendo em 1914, o que haviam sido em 1875.
Hobsbawm nos apresenta, portanto as