A era da revoluções de eric hobsbawn
Segundo o próprio autor, o livro encontra-se, a princípio dividido em duas partes; sendo a primeira referente ao desenvolvimento histórico do intervalo compreendido na obra e a segunda parte a respeito da construção da sociedade a partir de tais eventos. Hobsbawn, propõe, a partir desta obra, uma interpretação dos fatos e acontecimentos, em detrimento a uma análise minuciosa destes. Entretanto, sublinha a importância destes mesmos eventos para o panorama mundial da época, assim como, para o contemporâneo e suas ramificações e extensões para a formação da modernidade e pensamento sócio-político-econômico.
A Era das Revoluções
Hobsbawn inicia sua interpretação ao apresentar o mundo da época como “maior” e “menor”, se comparado ao atual. “Menor”, já que tanto a população, quanto a estrutura física do homem do período era bem reduzida. Mesmo entre os homens da ciência, o conhecimento sobre o Mundo que o cercava e a sua população era estreito. “Maior”, já que, para seus habitantes, o Mundo era extremamente grande enquanto visto pela ótica das dificuldade nas comunicações e a pequena (ou quase inexistente) mobilidade de seus habitantes entre suas regiões. Ou seja, a maior parte das notícias chegavam às pessoas através dos viajantes e nômades e muito posteriormente às suas ocorrências, dada a ausência de jornais e periódicos ou mesmo em virtude do comum analfabetismo. Além disso, a maioria dos indivíduos, a não ser por causas como o