A entrevista inicial
A condução de uma entrevista inicial eficaz envolve o domínio de duas habilidades: primeiro, estabelecer uma atmosfera agradável e de aceitação a fim de que o cliente se comunique livremente; segundo, obter informações necessárias sobre os problemas do cliente de tal forma que se possa fazer uma avaliação adequada da situação e desenvolver um plano apropriado de tratamento.
A primeira entrevista é geralmente uma situação amedrontadora, tanto para o cliente quanto para o terapeuta principiante. Os clientes geralmente não se sentem a vontade quando se trata de pedir ajuda a um profissional, mostrando-se tão ansiosos com relação a este fato quanto a respeito dos próprios problemas. Os clientes poderão, ainda, se indagar a respeito da competência do terapeuta, ou se os seus problemas não serão muito sérios ou chocantes para um principiante. Infelizmente, as expectativas de beneficio devem, às vezes, ser bastante grandes para compensar os medos envolvidos.
Além de responder as percepções do cliente, todo terapeuta experimenta suas próprias ansiedades em relação à entrevista inicial. Seu próprio receio de ser visto como incompetente; fracasso no sentido de controlar a entrevista; não saber o que dizer; ou se defrontar com um cliente pouco cooperativo, calado, ou, pior ainda, um cliente hostil, que poderão interferir seriamente na entrevista. É necessário que você tenha um bom controle de suas próprias ansiedades, a fim de aliviar os medos dos clientes e assim conduzir uma sessão produtiva, apenas a experiência crescente lhe dará uma solida sensação de confiança e competência como terapeuta.
Para que o desenvolvimento da entrevista inicial seja eficaz é importante que o cliente compreenda como funciona o processo de coleta de dados, por exemplo, como exigências de supervisão ou de gravação. O terapeuta poderá dar inicio a sessão com as seguintes indagações: “O que o traz aqui?” ou “Em que posso ajudá-lo?”
O cliente geralmente começará