A Engenharia da vida e a ética

A engenharia da vida e a ética

A expectativa de vida das pessoas no final do século XIX era em torno de 40 anos. Graças ao desenvolvimento científico e tecnológico em diferentes áreas que vão da medicina à indústria do entretenimento, no final do século XX, essa expectativa já era próxima dos 70 anos.
Temos diversas contribuições da Química nos fatores que favoreceram o aumento da longevidade. Essas contribuições ajudam também para a melhora da qualidade de vida. A partir dessa compreensão é possível entender a origem de muitas doenças e desenvolver medicamentos para preveni-las e curá-las.
Recentemente, a Química tem dado contribuições significativas para outra área relacionada a saúde: a engenharia genética. As pessoas já se acostumaram com características físicas ou propensão de doenças sendo transmitidas de uma geração para outra. Esse conhecimento popular tem origem na Biologia, mais especificamente em um dos seus ramos: a Genética (estuda as leis de transmissão de características hereditárias e a estrutura das moléculas que asseguram essa transmissão).
Parte do avanço que temos hoje na área de medicina se deve à engenharia genética. Por meio das técnicas da engenharia genética é possível manipular o DNA existente nas células dos seres vivos, com o objetivo de criar combinações entre genes de organismos diferentes.
Atualmente, a engenharia genética é muito empregada no aprimoramento da qualidade nutricional das plantas, no desenvolvimento de espécies mais resistentes às intempéries, na produção de antibióticos, na melhora da qualidade de vacinas para diversas doenças e muito mais. Ela representa o antigo ideal do alquimista: o elixir da longa vida.
Exemplo dessa engenharia genética está no desenvolvimento de organismos geneticamente modificados (OGM), também chamados de transgênicos.
No Brasil, o controle legal da engenharia genética está previsto por legislação específica que, em função dos aspectos éticos a ela vinculados. Tem sido objeto de