A ENFERMAGEM EM ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL
A Atenção Primária à Saúde no Brasil vem ocupando grande espaço técnico-político nos últimos 15 anos, tendo como seu motor a Estratégia Saúde da Família. Hoje, o país conta com mais de 30 mil equipes atendendo a 100 milhões de brasileiros na quase totalidade dos municípios. A Estratégia Saúde da Família foi introduzida no Brasil em 1994 com ênfase inicial em melhorar a saúde de recém-nascidos e crianças, por meio da prática do cuidado em saú- de na comunidade, sob gestão dos municípios, valorizando o trabalho de uma equipe que teve como pilar dois profissionais: o médico e o enfermeiro. Várias características do modelo brasileiro são também aplicadas em outros países, mas a proposta de que as equipes não se limitem ao escopo programático e vertical focado em doenças e que estejam inseridas em contexto de mudança do sistema de saúde tanto em nível das práticas como em nível da macropolítica traz diferncial para o modelo brasileiro.
Várias inovaçoes em curso no SUS foram iniciadas nas Saúde da Familia como, por exemplo, a adscrição de territorio e a remponsabilização de entrada de equipes por este, e definição de porta de preferencial e a utilização de um rol de incicadores nacionais para monitoramento a pactuação entre as esferas de governo.
A Estratégia buscou uma mudança de enfase no cuidado medico-centrado para o cuidado em equipe. Isto colocou o enfermeiro em posição para lidar com a saude coletiva, e todas as habilidades de enfermagem necessitaram ser direcionadas para as necessidades sociais de saude da população.
O papel do enfermeiro no programa de saude da familia segundo a normalização federal era:
Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações executadas pelos ACS;
Supervisional, coordenar e realizar atividades de capacitação e educação permanente para os ACS, relacionadas ao desempenho de suas atribuições;
Facilitar o relacionamento entre os profissionais das unidades