Estudos sobre o câncer de mama revestem-se de relevância, pois trata-se de um dos cânceres mais frequentes entre as mulheres, tanto no Brasil quanto no mundo. Esse contexto alia-se ao fato de ser considerado um câncer de bom prognóstico se diagnosticado e tratado oportunamente1 . Entretanto, demanda ações integradas dos diferentes níveis de atenção à saúde para seu efetivo controle2 . A atenção primária, juntamente aos outros níveis de atenção à saúde, partilha a responsabilidade de buscar, permanentemente, a melhoria do acesso e da qualidade do atendimento à população, tendo um grande potencial de resolver parte significativa das queixas apresentadas pela demanda3 . No que se refere à atenção oncológica, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Atenção Oncológica, determina que as intervenções para o controle de câncer contemplem todos os níveis de atenção e que a assistência seja prestada por equipe multidisciplinar, da qual o enfermeiro é membro integrante2 . Conforme a Lei Brasileira nº 7.498, de 25 de junho de 1986, a enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem e pelo Auxiliar de Enfermagem, respeitados os respectivos graus de habilitação. Esses profissionais devem atuar em todo o processo saúde- -doença, desde a prevenção até o cuidado paliativo4 . No que diz respeito às ações previstas pelas políticas públicas de saúde para o controle de câncer de mama na atenção primária, o enfermeiro tem um papel fundamental e encontra um amplo espaço para o desenvolvimento das atividades diárias, pois mantém considerável autonomia nas suas práticas3,5. A ele são atribuídas as seguintes ações: realizar atendimento integral às mulheres; realizar consulta de enfermagem (coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolo ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão); realizar